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segunda-feira, 2 de março de 2015

Com o coração aberto


Às vezes, na estranha tentativa de nos defendermos da suposta visita da dor, soltamos os cães. Apagamos as luzes. Fechamos as cortinas. Trancamos as portas com chaves, cadeados e medos. Ficamos quietinhos, poucos movimentos, nesse lugar escuro e pouco arejado, pra vida não desconfiar que estamos em casa. A encrenca é que, ao nos protegermos tanto da possibilidade da dor, acabamos nos protegendo também da possibilidade de lindas alegrias. Impossível saber o que a vida pode nos trazer a qualquer instante, não há como adivinhar se fugirmos do contato com ela, se não abrirmos a porta. Não há como adivinhar e, se é isso que nos assusta tanto, é isso também que nos dá esperança.

É maravilhoso quando conseguimos soltar um pouco o nosso medo e passamos a desfrutar a preciosa oportunidade de viver com o coração aberto, capaz de sentir a textura de cada experiência, no tempo de cada uma. Sem estarmos enclausurados em nós mesmos, é certo que aumentamos as chances de sentir um monte de coisas, agradáveis ou não, mas o melhor de tudo, é que aumentamos as chances de sentir que estamos vivos. Podemos demorar bastante para perceber o óbvio: coração fechado já é dor, por natureza, e não garante nada, além de aperto e emoções mofadas. Como bem disse Virginia Woolf, “não se pode ter paz evitando a vida.”

Ana Jácomo
Meus amigos(as) desejo a todos uma ótima Tarde.
Muita Paz para todos.
Força Sempre
Claudio Pacheco
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Nome: Claudio Luiz Pacheco

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Quando a minha mente está calma


Quando a minha mente está calma, eu acesso uma confiança que é descanso e proteção. Uma fé genuína na preciosidade da vida. Sinto que tudo em mim se reorganiza, silenciosamente, o tempo todo. Que isso tem mais a ver com o meu olhar, com a natureza das sementes que rego, do que eu possa perceber. Minha expectativa, tantas vezes ansioso(a), de que as coisas sejam diferentes, dá lugar à certeza tranqüila de que, naquele momento, tudo está onde pode estar. Em vez de sofrer pelas modificações que ainda não consigo, eu me sinto grato(a) pelas mudanças que já realizei. E relaxo.

Quando a minha mente está calma, eu acesso uma clareza que me permite sentir, com mais nitidez, que há uma sabedoria que abraça todas as coisas. Que o tempo tem uma habilidade singular para reinventar nosso roteiro com a gente, toda vez que redefinimos o que, de verdade, nos importa. Que há um contentamento perene no nosso coração. Um espaço de alimento amoroso. Uma fonte que buscamos raras vezes, acostumados a imaginar a felicidade somente fora de nós e a deslocá-la para distâncias onde não estamos.

Quando a minha mente está calma, os sentidos se expandem e me permitem refinar sensações e sentimentos. Posso saborear mais detalhes do banquete que está sempre disponível, mesmo quando eu não o percebo. Nesse lugar de calma e clareza, não há nada a desejar. Nada a esperar. Nada a buscar. Nenhum lugar onde ir. Eu me sinto sentado(a) sob a sombra de uma árvore generosa, numa tarde azul sem pressa, os pássaros bordando o céu com o seu balé harmonioso. O meu coração é pleno, nenhuma fome. Plenitude não é extensão nem permanência: é quando a vida cabe no instante presente, sem aperto, e a gente desfruta o conforto de não sentir falta de nada.

Ana Jácomo
Meus amigos(as) desejo a todos um ótimo Dia.
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Claudio Pacheco
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sábado, 27 de outubro de 2012

O Charme do Bom Humor

Gente bem-humorada é um charme. Acho lindas as pessoas capazes de fazer o seu riso florescer e de compartilhá-lo nesse tempo do nosso mundo. Um tempo, talvez bem mais do que outros, tão desprovido de amor. Tão empobrecido de virtudes. De atmosfera tão pesada. De perigos já vividos e vários iminentes. Um tempo tão dodói. É claro que não falo do enganoso bom humor que passa pela ofensa. Pelo preconceito. Pela intolerância. Pela humilhação. Falo daquele que soma. Que perfuma. Que torna o cotidiano mais macio.

De certa maneira, conseguir ter algum bom humor num tempo assim é estar na contramão, pois muita gente hoje chega a estranhar manifestações de alegria. É se sujeitar a ser interpretado, muitas vezes, como alienado. Inconseqüente. Bobalhão. Mas, quem consegue, não liga. Ri, em vez de se importar, por poder acessar, vez ou outra, um lugar de leveza que a maioria não encontra mais nem acredita ainda existir. Na linguagem dos arquétipos, os bobos, os que não largaram a mão da sua criança divina, são importantíssimos em qualquer reino.

O riso genuíno é luminoso, mas as sombras, vestidas de inúmeras formas, batem à nossa porta o tempo inteiro para nos convidar a sucumbir. Um pequeno deslize e pronto: lá estamos nós sendo tragados pela areia movediça do medo e da negatividade. Os jornais não noticiam, mas há uma epidemia de desencanto que tem se propagado, numa velocidade inimaginável, no mundo. O contágio é fácil, fácil, a gente sabe, mesmo que não falemos muito a respeito. Bom humor, nos nossos dias, é qualidade rara. Mais do que isso: uma espécie de remédio natural capaz de minimizar os riscos de desenvolver a doença.

Felizes aqueles que ainda conseguem rir e fazer rir, apesar de. A vida deles, como qualquer outra, não é perfeita. Eles, tampouco, são perfeitos. Não são bem-humorados porque têm seus interesses organizados, distribuídos nas prateleiras certinhas. Desconfio que isso não seja possível pra nenhum tipo de gente, nesse tempo nem em qualquer outro. Mantêm o bom humor porque não desaprenderam a dançar ludicamente com a vida e sentem que mesmo que ela pise nos seus pés, de vez em quando, ela dança bem melhor com quem sabe brincar.

Ana Jácomo
 Meus amigos(as) a todos uma otima Noite de muita Paz
Força Sempre
Abraços
Claudio Pacheco

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Com o tempo

Tenho aprendido com o tempo que a felicidade vibra na frequência das coisas mais simples. Que o que amacia a vida, acende o riso, convida a alma pra brincar, são essas imensas coisas pequeninas bordadas com fios de luz no tecido áspero do cotidiano. Como o toque bom do sol quando pousa na pele. A solidão que é encontro. O café da manhã com pão quentinho e sonho compartilhado. A lua quando o olhar é grande. A doçura contente de um cafuné sem pressa. O trabalho que nos erotiza. Os instantes em que repousamos os olhos em olhos amados. O poema que parece que fomos nós que escrevemos. A força da areia molhada sob os pés descalços. O sono relaxado que põe tudo pra dormir. A presença da intimidade legítima. A música que nos faz subir de oitava. A delicadeza desenhada de improviso. O banho bom que reinventa o corpo. O cheiro de terra. O cheiro de chuva. O cheiro do tempero do feijão da infância. O cheiro de quem se gosta. O acorde daquela risada que acorda tudo na gente. Essas coisas. Outras coisas. Todas, simples assim.

Tenho aprendido com o tempo que a mediocridade é um pântano habitado por medos famintos, ávidos por devorar o brilho dos olhos e a singularidade da alma. Que grande parte daquilo em que juramos acreditar pode ser somente crença alheia que a gente não passou a limpo. Que pode haver algum conforto no acordo tácito da hipocrisia, mas ele não faz a vida cantar. Que se não tivermos um olhar atento e generoso para os nossos sentimentos, podemos passar uma jornada inteira sem entrar em contato com o que realmente nos importa. Que aquilo que, de fato, nos importa, pode não importar a mais ninguém e isso não tem importância alguma. Que enquanto não nos conhecermos pelo menos um pouquinho, rabiscaremos cadernos e cadernos sem escrever coisa alguma que tenha significado para nós.

Tenho aprendido com o tempo que quando julgamos falamos mais de nós do que do outro. Que a maledicência acontece quando o coração está com mau hálito. Que o respeito é virtude das almas elegantes. Que a empatia nasce do contato íntimo com as nuances da nossa própria humanidade. Que entre o que o outro diz e o que ouvimos existem pontes ou abismos, construídos ou cavados pela história que é dele e pela história que é nossa. Que o egoísmo fala quando o medo abafa a voz do amor. Que a carência se revela quando a autoestima está machucada. Que a culpa é um veneno corrosivo que geralmente as pessoas não gostam de ingerir sozinhas. Que a sala de aula é a experiência particular e intransferível de cada um.

Tenho aprendido com o tempo coisas que somente com o tempo a gente começa a aprender. Que o encontro amoroso, para ser saudável, não deve implicar subtração: deve ser soma. Que há que se ter metas claras, mas, paradoxalmente, como alguém me disse um dia, liberdade é não esperar coisa alguma. Que a espontaneidade e a admiração são os adubos naturais que fazem as relações florescerem. Que olhar para o nosso medo, conversar com ele, enchê-lo de cuidado amoroso quando ele nos incomoda mais, levá-lo para passear e pegar sol, é um caminho bacana para evitar que ele nos contraia a alma.

Tenho aprendido que se nos olharmos mais nos olhos uns dos outros do que temos feito, talvez possamos nos compreender melhor, sem precisar de muitas palavras. Que uma coisa vale para todo mundo: apesar do que os gestos às vezes possam aparentar dizer, cada pessoa, com mais ou menos embaraço, carrega consigo um profundo anseio por amor. E, possivelmente, andará em círculo, cruzará desertos, experimentará fomes, elegerá algozes, posará de vítima para várias fotos, pulará de uma ilusão a outra, brincará de esconde-esconde com a vida, até descobrir onde o tempo todo ele está.

Ana Jácomo
 Meus amigos(as) a todos uma otima Tarde de muita Paz
Força Sempre
Abraços
Claudio Pacheco