Parece que não, mas você já percebeu quantas e quantas coisas passam pela nossa cabeça todos os dias? São milhões de pensamentos, preocupações, sonhos, sentimentos. São coisas e mais coisas, que nenhum computador, nem o mais rápido e ágil do Universo poderia computar. Nossa mente é um emaranhado de sistemas que carrega, além de nossos pensamentos atuais, todo o nosso passado e todo o nosso futuro. Não é a toa que em grande parte das vezes nos sentimos bebês a procura de conforto, esperando que alguém ou alguma coisa mágica resolva os problemas das nossas vidas.
E quanto mais crescemos, mais sentimos a responsabilidade sobre os nossos ombros. São os livros da faculdade, depois das contas, o começo de carreia, as escolhas. É a vida amorosa que não dá sossego, os preços, o governo. Sentimos na pele que esquecemos de nós, ou de alguma parte nossa, em algum lugar do caminho. E como voltar? Onde podemos voltar a ser crianças sem tantas preocupações na cabeça?
Bem, acredito que a resposta definitiva da não preocupação só Buda possa dar. A filosofia oriental prega o não pensamento, a meditação, que ajuda em muito a esvaziar a mente e encontrar melhores soluções. Mas encontrei uma coisa, nas minhas pesquisas, que pode ajudar a encontrar esse estado num primeiro momento. Afinal de contas, não adianta nada tirar alguém de um turbilhão de problemas e colocar numa bolha de não pensamento. É preciso educá-lo aos poucos.
A maneira para isso é simples: organização. Sim, organizar os pensamentos antes que querer que eles fiquem quietos. Pegar um pedaço (grande) de papel, separar uma tarde de sábado ou domingo e organizar a sua vida. Comece olhando o ambiente onde você vive. Há quanto tempo não limpa os armários? Imagine quanta coisa que você nem precisa mais ainda está enfiada dentro da sua casa. Ora, é claro que todas as vezes que você olhar para aquilo, e isso deve acontecer muitas vezes ao dia, vai se lembrar de um monte dos pensamento que você não precisa mais. E isso vai começar a ajudá-lo a esvaziar a mente. Depois da faxina, e de se desapegar do supérfluo, veja a sua agenda. Quantas coisas que você precisa arrumar, não? Talvez ajeitar as finanças e descobrir uma maneira de não fechar todos os meses no vermelho! Talvez descubra que precisa de um emprego melhor, que precisa trabalhar a sua prosperidade, que precisa descobrir outras fórmulas de ganhar dinheiro. Ou, pasmem, pode simplesmente descobrir que tem gastado dinheiro demais com coisas inúteis, que vão entupir aquele seu armário, lembra? O prazer de comprar é indescritível, mas pense que isso será para o seu bem. Depois das contas organizadas vá para os assuntos pessoais. Talvez precise ter aquela conversa, sempre adiada com a sua esposa ou marido. Talvez precise acabar com a solidão e encontrar um parceiro. Talvez só precise de mais tempo sozinho, com você mesmo. Pode se organizar para fazer uma terapia, yoga, ginástica ou para descobrir os encantos da sua cidade. Talvez tenha um monte de lixo emocional para limpar, assim como limpou os armários. Mas se você não parar para se perguntar, como vai saber como organizar essas coisas, não é?
A última organização deve ser nos relacionamentos. Mais uma vez uma conversa talvez te faça bem. Ou você descobre que tem se divertido menos do que deveria, do que gostaria. Divertir-se, o prazer, faz parte da nossa vida e deve existir o tempo todo. Então, que tal organizar o seu tempo para ter mais prazer com a vida, com as coisas e com as pessoas?
De fato, viver é como gerenciar uma empresa, mas de maneira mais leve. Não levar nenhuma preocupação a sério demais ou a sério de menos. Quando somos sérios demais perdemos a diversão, mas quando somos sérios de menos podemos nos machucar. Buda já nos falava do caminho do meio, para tudo.
Então animado? Então comece a sua faxina interior e exterior agora mesmo. E organize-se. Sem neuras, só por pura diversão.
Andrea Pavlovitsch
Meus amigos(as) desejo a todos um ótimo Dia.
Muita Paz para todos.
Força Sempre
Claudio Pacheco
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